Em meio à crise política, o PMDB convocou uma Convenção Nacional para 27 de
setembro visando voltar a adotar o antigo nome: Movimento Democrático Brasileiro
(MDB), sigla que vigorou de 1966 a 1979 durante a ditadura militar.
O presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), há algum tempo defende a
mudança de nome como uma forma de, segundo ele, modernizar a legenda, sem
referência a partidos políticos, o que espera que resulte em dividendos
eleitorais.
"Quero rebater críticas de que o PMDB estaria mudando de nome para se
esconder. Não é verdade. Estamos resgatando nossa memória histórica. Queremos
realmente ganhar as ruas. Nós vamos ter uma nova programação, bandeiras
nacionais. Estamos retirando o último resquício da ditadura dentro do PMDB”,
justificou. Jucá explicou que a inclusão do “P”, que significa partido, foi uma
determinação do regime militar .
“Movimento é algo muito mais consentâneo. A gente quer ganhar as ruas, vamos
ter uma nova programação , novas bandeiras nacionais e bandeiras regionais”,
disse, após acrescentar que um ofício sobre a mudança de nome será enviado hoje
(16) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .
A proposta de mudança acontece num momento em que o partido enfrenta forte
desgaste por conta de revelações de esquemas de corrupção, como o investigado
pela Operação Lava Jato. (Com a Agência Brasil)