O presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra avalia
que "ser patético" que o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva esteja nas mãos do juiz Sérgio Moro, quem ele classifica como um
magistrado "provinciano". "É a subversão da democracia", afirma Coimbra
em análise publicada na Carta Capital. Segundo ele, de setembro de 2016
em diante, as intenções de votos de Lula subiram e "continuam
ascendentes".
"É isso que indicam pesquisas feitas por institutos, como a
mais recente, da MDA para a CNT. Conduzida em fevereiro, ela identificou
um crescimento de cinco pontos percentuais para Lula, que o levou de
25%, em dezembro, para 30%. O mesmo vê-se na série de pesquisas do Vox
Populi, que mostra que, entre outubro e dezembro de 2016, Lula subiu de
34% para 37%, e do Datafolha, que aponta que, entre julho e dezembro, o
petista subiu de 22% para 25%", afirma. "Como se percebe pela linha do
tempo, independentemente do tamanho que têm, as intenções de voto do
ex-presidente aumentaram depois da derrubada de Dilma Rousseff".
Para o presidente do Voz Populi, "é claro que fracasso
administrativo de Michel Temer" ajudou Lula, "assim o desgaste dos seus
adversários". "As qualidades que a população enxerga em Lula, somadas
aos defeitos dos outros, é que explicam seu favoritismo", acrescenta.
Coimbra afirma ser "patético que o Brasil esteja a discutir
se uma liderança como Lula poderá ou não ser candidato, a depender da
decisão monocrática de um juiz". "Seus superiores não ousam
contrariá-lo, mas ele tudo faz para contrariar o desejo de dezenas de
milhões de cidadãos. Fomos longe na subversão da democracia", diz. (Com o 247)